Na fachada alta de
um prédio, volitando para chegarmos lá, ficamos à espreita. Não nos envolvemos
com o cotidiano dos passantes e transeuntes, somente aguardamos pacientemente a
hora certa em que nos chamam e convidam para entrar naquele ambiente grandioso
em que não fazemos parte, mas que por compaixão nos convidam a entrar.
Não temos paradeiro, somos meio errantes
e ainda vivemos em penumbra da Terra, parece que ninguém nos quer, não somos
tão maus, para nos juntarmos a perversos e zombeteiros e nem tão esclarecidos
que nos puxem para outros mundos. Então aqui ficamos, à espera da caridade
desta turma maravilhosa da Casa do Bem que fica logo ali embaixo. Aguardamos
ansiosos pelas lições que nos são dadas, pela água límpida que nos alimenta e
conforta, pela luz que eles irradiam e que nos faz tão bem.
Um dia poderemos seguir nossas vidas, por
enquanto aguardamos, mas já com um sentido e um caminho, pois já temos
consciência dos fatos. Onde erramos e que lições tomamos, um dia em breve,
poderemos também encontrar os nossos que ainda nos estimam. Acredito que tenha
sido através deles que chegamos até aqui.
Um dia seremos merecedores de lhes
encontrar.
A vista daqui é linda, vemos o céu brilhar
refletindo nas nuvens o reflexo da lua. As luzes artificiais da cidade clareiam
muito, ofuscando o verdadeiro e natural resplandecer da noite.
Se não fosse a humilde caridade de nos
aceitarem, jamais seriamos salvos e resgatados.
Benditas Palavras onde Jesus explica que
sem a Verdadeira caridade não há salvação.
Um grupo em aflição
Andrea Pordeus
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